5/07/2005

Discutir é preciso - parte 2!

Estive a ver o meu e-mail e afinal alguém reparou no meu blog. Agradeço a quem o comentou e prometo visitas. E aceito com este post o desafiu que me lançam...
É preciso mesmo debater tudo. A questão que levanto é que debater não pode ser um fim em si mesmo. Ao que parece em quase tudo temo-nos adiado... Temos dado azo à criação de alguns "esquemas" em áreas muito sensíveis da vida, como por exemplo, na educação, na saúde, na indústria, pescas e agricultura, na administração, central e local, enfim... Em quase tudo. Isto que digo, associado à nossa incrível propensão para o fatalismo, está a levar-nos para o buraco.
Não descobri a solução para isto.
Nem quero substituir-me a ninguém que pense de forma diferente, desde que me fundamente essa diferença, mas penso que há algo a que não poderemos fugir durante muito mais tempo.
Estamos a ser incapazes de decidir o nosso futuro e isso eu julgo perceber porquê: Temos dificuldade em decidir. Daí que desde há muitos anos nos espelhemos naquilo que já se faz no "Estrangeiro".
Parece que lá fora é que é! Não procuramos soluções cá dentro nem as implementamos por uma curiosa falta de jeito para fazer concessões e cedências.
Daí a minha abordagem ao trabalho de debate de ideias, pois penso que tem de haver um tempo para as coisas, independentemente do objectivo a atingir. Mas esse tempo tem de ser limitado e não se pode abrir todas as discussões a toda a gente, ou, melhor dizendo, a todas as opiniões, sob pena de gerar tamanho ruído que não seja depois possível ouvir o essencial do debate.
E... sobretudo... há que chegar a qualquer lado. FAZER! Quer seja fazer bem ou mal, fazer é uma parte essencial das coisas. Pensar sobre a melhor forma de se fazer não é o objectivo.
Vistas as coisas assim, seria incorrecto da minha parte pensar que os textos que escrevo sejam o fiel da balança, ou o crivo certo, mas pelo menos é a minha maneira de concretizar esta coisa.
Primeiro pensar, depois operacionalizar. Pensar durante um tempo limitado não é mau, pois embora não nos permita resolver o problema em mãos cabalmente, permite-nos dar a volta a uma parte do problema que depois será complementado por futuros "brain-stormings" e futuras concretizações.
Ou seja - Nada é completo. Tudo é passivel de ser aperfeiçoado. - Temos de aprender isto.
Talvez, supreendentemente, aquilo que nos impeça de sermos orgulhosos de nós próprios seja a nossa infinita capacidade para encontrar defeitos e portanto a mesquinhez de descobrir que nem mesmo essa capacidade nos permite fazer algo perfeito.
Se calhar do que temos medo é de falhar.
Assim sendo, proponho que se faça o possível pela mudança de mentalidade. Mudar por mudar não chega. É preciso saber mudar e já agora para melhor. Em tudo!
Isso implica directamente uma nova atitude face à política. Vamos dar uma nova oportunidade aos políticos, mas vamos exigir-lhes responsabilidades. Agora que elegemos uma nova lesgislatura, vamos EXIGIR que pensem, que decidam (EM TEMPO ÚTIL) e que EXECUTEM...
Vamos usar os meios ao nosso dispor. Enviar e-mails a exigir que se faça e cumpra isto ou aquilo sempre que isso seja importante para nós. Isso é importante para que no futuro possamos olhar para os nossos filhos(as), netos(as) e consigamos pensar que fizémos o melhor possível por eles.
O que acham?

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