7/18/2005

Agressão

Cedemos à agressão com demasiada frequência. Cedemos e por vezes tornamo-nos imunes a certas agressões.
Este facto é tão evidente, que nos tornamos insensíveis a certas coisas e passamos a aceitá-las como se tratassem de "feitios" ao invés de defeitos.
Para ilustrar esta opinião, nada como perguntar:
"Existem latões do lixo em número e estado de conservação que me sirvam como cidadão?"
"As paredes da minha habitação estão riscadas por graffiti não identificados?"
"As paredes de património edificado estão riscadas por graffitis feios e sem valor artístico algum?"
"Os monumentos que conheço estão tratados como cabides?"
"As ruas têm papéis e outro lixo no chão?"
"Os condutores de veículos comerciais param em qualquer local dificultando todo o restante trânsito?"
"A publicidade tapa edifícios públicos, ruas, passadeiras, semáforos, sinais e assim?"
"Os investimentos feitos para todos, são só para o bolso de alguns?"
"Os concursos para vagas na administração são feitos à medida de alguém amigo?"
"Os condutores não me respeitam como peão?"
"Os peões não me respeitam como condutor?"
"Os procedimentos burocráticos na CMF são morosos ao ponto de se tornarem desencorajadores?"
"Consigo descobrir pelo menos 5 coisas em que se deveria gastar algum dinheiro e outras tantas em que se gastou sem que eu concordasse, da janela onde estou a olhar?"
"Sou capaz de ser mais maltratado por fumar, do que por deixar o meu cão cagar em qualquer passeio?"
"Sou capaz de assobiar para o ar se o Dr. fumar em local proibido?"
"Estou muito incomodado com alguma coisa, mas não estou para me chatear?"
"Tudo está bem desde que ninguém me rebente a bolha (a minha claro)?"
"Não voto porque os políticos "é tudo a mesma m*rd*?"

Se, ao ler estas perguntas, consegue responder a mais do que 1 com um "sim" então considere-se uma pessoa agredida. Se consegue responder que "sim" à maioria delas, então considere-se uma pessoa que é muito agredida, mas que também agride muito. Se, conscientemente, consegue responder a todas que "sim", o Sr. (a), não só é um sujeito de agressão, como também gosta de o ser. Além disso também gosta de agredir de volta!

Comments:
Num final de tarde magnífico, o sr. vitalino (ou será v(a)itorino?!) decidiu inaugurar uma exposição no Jardim da Doca. Decidiu e disse aos servos que o acompanhassem, porque já bastava de andar sozinho e poderia parecer mal. Eram seis, incluindo o comandante do gabinete, o fotógrafo municipal e um filmador de ocasião. Eram horas e os escribas da imprensa não apareciam. Era certo que andavam ocupados noutras tarefas. Esperou e amuou, pois tinha decidido as horas e já ninguém respeitava as directivas presidenciais.Olhava para o relógio e esperava por mais fotógrafos e escribas, mas ninguém aparecia. "Se tivesse ido ao Estádio, sempre tirava uma fotografia com o Scollari e o Ricardo", pensou com os botões do fatinho cinza nº 2 que tinha escolhido para a ocasião. "Com o Ricardo, não, ainda pensam que também dou perus e frigoríficos", retrocedeu acabrunhado enquanto olhava outra vez o relógio presidencial. Chamou um servente, mandou distribuir aquela revista de Janeiro que tinha a fotografia com o Figo e dizer aos responsáveis da exposição que alinhassem, que o séquito ia já sair. Já passava da hora e tinha mais uma inauguração para fazer, ainda era obra dos outros mas não importava nada, quem inaugurava eram eles, o sr. vitalino e o seu ego. E lá seguiram poucos e tristes, pois não havia povo para saudar nem comunicação social para mostrar as manitas bem limpinhas e as unhas bem arranjadas. Cumprimento dengoso aqui, sorriso amarelo além, a comitiva passava sem deixar marca nem perder tempo. "Onde andam os artistas? Deixo-os exporem as suas obras na sala de visitas da cidade e nem aparecem?". A pergunta repetia-se debaixo da poupa em permanente, estranhando ausências e carente de veneração e babanços. De repente, surge uma multidão ao fundo. "São eles, são eles" animou-se secretamente. "O meu pobre povo, sairam tarde do trabalho, estiveram no cabeleireiro a esmerar-se, é o momento das suas vidas, parece-me justificado o atraso, afinal vem encontrar-se comigo..." disse ao esbelto efebo que o acompanhava e à auxiliar da cultura. A mole humana aproximava-se. "E os jornalistas, também vêm todos, que bom, que bom" comentou. "Ajeitem as gravatas e as melenas, vamos tirar um retrato, actuem naturalmente" ordenou. Mais um sorriso amarelo, um cumprimento reverente. "Em Outubro, há votos, não se esqueçam de mim" murmurou. Teatralmente, virou-se para cumprimentar as gentes que chegavam, para espalhar o seu charme e tirar uma fotos bem acompanhado. "Oh não, este não, nem pensar..." pensou e fugiu, esgueirando-se por entre o fotógrafo e o filmador para dentro de uma barraca. Uma salva de palmas rebentou na multidão, coroando a atitude mal educada e o gesto de mau perdedor do sr. v(a)itorino. O comandante assistiu cabisbaixo a tudo de longe e tentou remediar os estragos. Mas era impossível, a superioridade numérica dos adversários era insuportável. "Eles são como num rio, nem a polícia toda nos salvava" suspirou com os seus botões. V(a)itorino, vai para longe e deixa Faro ser Capital!
 
Para que conste, o sr. V(a)itorino não cumprimentou nenhum dos restantes participantes no debate da TSF...

Mal educado por natureza, continua a mostrar que não sabe sair de cena com dignidade e honradez!!!
 
E agora? Como é?

Agora que ganhou o PS, este espaço morre ou tenta mobilizar a cidade para temas importantes?

P.S. E já agora, numa forma menos trauliteira, típica do que aconteceu de parte a parte na campanha eleitoral
 
Faro será virtualmente melhor daqui por 4 anos.
Faro será realmente melhor daqui por algum tempo.
Acho que podemos confiar nnas premissas anteriores.
 
Acredito que sim :)

Mas gostava de saber como (e não estou a falar do novo executivo camarário -li o programa, vou vendo como se orientam-). Tou a falar do contributo do grupo de jovens que promoveu um encontro (http://vivajuventude.blogspot.com/2005/05/desafios-i.html) há alguns meses no Aliança. Esgotou-se a fórmula agora que estão no poder, ou ainda há espaço para estes movimentos? E espaço para debater?
E agora, como é que vocês se definem? Parte do poder, movimento de cidadania?

Desculpem lá as provocações e um abraço
 
Convido-te a visitares-me numa nova aventura - http://www.oteusofa.blogspot.com/, se puderes e quiseres, participa!
Abraços.
 
Um artigo interessante...
 
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